domingo, 29 de março de 2009

Narguile - Origem




Existem diversas hipóteses sobre a origem do narguile. Elas são feitas levando em conta a Europa, América, India, Persia e África. Aqueles que tentam arduamente descrever a história oficial do tabaco mencionam sua origem como americana e a transmissão de modalidades como européia (dos cachimbo comuns até mesmo ao narguile). Este argumento indica que os Europeus teriam ensinado aos povos asiaticos e africanos a fumar, particularmente através de uma tubo. A conseqüência disso é que antes da chegada do tabaco nenhuma erva foi inalada na Europa, Africa ou seja lá onde for.


O Narguile.


O narguile consiste em várias peças: corpo, aro, tubo e piteira.


Corpo: Esta é a peça central do narguile e se parece com um decantador. Esta parte é enchida com água. Essa água limpa a fuligem que é queimada do tabaco e também absorve a nicotina. Ela é geralmente feita de vidro ou metal e você pode também encontrar algumas mais elegantes feitas de porcelana com decorações pintadas em dourado, prateado ou coloridas em diversas cores.


Aro: O tabaco é colocado no topo do narguile que é perfurada e coberto com um aro cilindrico para que a brasa seja protegida do vento.
Tubo: Tubo que transmite a fumaça do narguile. Pode haver mais de um tubo em um narguile para que uma ou mais pessoas possam fumar juntos.
Piteira: Piteira colocada na extremidade do tubo.


Tabaco do Narguile.


O tabaco pode ser feito com 2 ou 3 ingredientes principais. O primeiro se chama muessel que significa literalmente "adoçado". Este nome foi dado devido ao ingrediente usado como uma especie de cola tipo melaço ou mel. O melaço é um subproduto do açúcar. O segundo ingrediente é o "tumbak" que é propriamente o tabaco. O terceiro ingrediente seria o "jurak" de origem indiana, pode ser considerado como uma substância intermediária entre as primeiras citadas. Esta substância é muito apreciada na península arabica. As frutas e óleos seriam também adicionadas ao tabaco.


Narguile na sociedade.


O Narguile é popular com jovens e idososos, homens e mulheres (embora seja mais fumado por homens na Turquia). O narguile simboliza a hospitalidade, serenidade e a harmonia. O Narguile é algo a ser fumado em grupos. Os fumantes de narguile fumam em grupos para poderem conversar entre si. Narguile tem uma sentido coletiva embora o conceito seja indivídual.


Narguile na Turquia.


Os narguiles foram trazidas para a Anatólia no século 17. Hoje a Turquia não é mais o país onde viveu Pierre Loti, um grande amante de narguiles.Hoje os lugares para fumar narguiles, chamados de "bar de narguile" podem ser contados em dedos. A maioria dos famosos cafés onde a atmosfera peculiar do narguile prevalecia desapareceu. Mas há ainda alguns bairros onde alguns cafes "sobreviveram" em Istambul : eles se encontram perto do grande bazar, em alguns pontos turisticos e em alguns bairros específicos de Istambul. Os bars de narguile são perfumados com o cheiro de várias essencias de tabacos de narguile (rosa, menta, laranja, etc.). Ao fumar, os turcos tomam também um chá preto turco ou um café turco e jogam gamão ou baralho. Os turistas geralmente adoram o chá de maçã. Não é servido bebida alcolica nestes bares de narguile. Os turistas são bem-vindos e podem fumar o narguile e apreciar a atmosfera.


Narguile no Império do Otomano.


No Império do Otomano, as fronteiras sociais deram a alguns viajantes a ilusão de classes sociais. A sociedade era dividida de acordo com a riquesa, profissão ou religião. Um promiscuidade social preocupou até mesmo as autoridades políticas e religiosas da época. Com isso, seus medos conduziram a episodios desastrosos como a proibição de café e tabagismo em cafés, pelo Sultão Murat IV. Com essa medida, ele queria por fim na inter-relação entre diversos grupos sociais.


Narguile no mundo.


Narguile no mundo. O Narguile ainda é usado em vários países no mundo, tal como Líbano, Siria, Jordão, Grécia, Egipto, Líbia, Tunísia, Iemen, Irã, India, Afeganistão e China. Em alguns destes países o narguile é bem mais popular do que na Turquia. A Siria possui uma próspera indústria de produtos de narguile e exporta uma variedade impressionante de narguiles para muitos países da região. Hoje no Egito, mais do que em qualquer outro país, narguiles são exibidos por toda parte. Uma pergunta interessante seria se a produção de filmes no país, transmitida em massa na escala regional, pudesse influenciar o comportamento de fumantes em outros países. Tais comportamentos seriam a origem do renascimento da cultura do narguile em paises como a Tunísia, Siria, Líbano e Jordão.
Atualmente no Irã, o estilo de vida compartilha ao uso do narguile. Por exemplo, em Darban, uma cidade pequena no sul de Teerãn, as mulheres, sozinhas ou acompanhadas com seu marido ou mãe, se encontram nos cafés tradicionais, em uma atmosfera de feriado: sentam-se em um tapete, bebem chá, comem algumas sementes de gira-sol, fumam um narguile e conversam. A India é conhecida historicamente pelo uso do hookah. Em 1840, o Narghile era muito comum durante jantares, na mesa de oficiais militares, e seu gorgolejar era típico de ser ouvido até tarde da noite. Os indianos mais idosos manteram este costume ao viajar ao exterior. O narguile chinês tem uma forma muito peculiar: parece com grande um isqueiro decorado. Seu corpo pequeno é projetado para encaixar pequenos pedaços de tabacos em dois ou três lugares diferentes.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Horóscopo Árabe


Seu signo e o correspondente
Áries

Punhal - símbolo do signo de áries
Entusiasta e apaixonado, você vive o presente, é imediatista, agindo sempre com impulso e espontaneidade. Suas motivações são guiadas pelo instinto, pelo desejo, os quais são seguidos sem muita reflexão e com muita energia. Vive a realidade!
Sua inteligência é intuitiva e simplificadora, fazendo você raciocinar primariamente, sem dar a menor importância às aparências. De fato, complicar a vida não é o seu forte, mas as pessoas gostam de você pelo seu dinamismo, seu calor e fé evidente em suas convicções. Com você não há hipocrisia ou falsos sorrisos, seu semblante diz tudo. Profissões autônomas lhe caem bem.

Libra

Corrente - símbolo do signo de balança
Você é partidário da moderação, onde somente a injustiça o tira fora dos eixos. E é através dela que você decide lutar, combatendo as obscenidades, as violências e os desequilíbrios das forças. Há um juiz dentro de você.
Esse estado de espírito se estende ao âmbito material, onde você é sensível às ambiências. A menor corrente de ar moral o fará emperrar e qualquer ruptura na harmonia o fará sangrar, ainda que a beleza o atraia e o apascente. Não é raro que você tenha um senso estético bem apurado.
Seu melhor defeito é a hesitação, que o acarretará em uma dependência à opinião dos outros, pois espera que eles tomem a decisão no seu lugar, já que no seu ponto de vista é tão mais repousante...

Touro

Clava Rústica - símbolo do signo de touro
Você não é o que se pode chamar de "precipitado", pois custa muito para aceitar as coisas ou uma idéia. Lento, bonachão e pacífico, é particularmente fácil conviver com você.
O que conta para você são a segurança e o conforto, e o dinheiro também, pois não consegue ser indiferente aos bens materiais. Você prossegue pela vida solidamente armado de uma vontade de construir e possuir, substituindo o brilho e a desenvoltura que lhe faltam pelo esforço e a perseverança.
Sensual e possessivo em todos os aspectos, dificilmente renuncia àquilo que obteve, sejam idéias, objetos ou pessoas. Seu gosto pelo concreto, seu realismo e senso de dever lhe possibilitam de exercer todas profissões cujo ritmo é regular, pois a improvisação não é o seu forte.

Escorpião

Punhal árabe - símbolo do signo de escorpião
Você tem fascínio pelo mistério e evolui na complexidade como um peixe dentro d'água. O evidente, o aparente, o imediato, não lhe oferecem interesse. Você rapidamente os deixa de lado, porque são muito simples, muito fáceis. Viva o complicado! Pelo menos isso representa um desafio à altura de sua extrema e deveras resistente energia vital.
Sua vida é pontilhada de questionamentos e de instantes de uma profunda aridez, durante os quais você não consegue evitar de cavar certezas, destruir as mais estáveis estruturas. Na amizade, assim como no amor, é apaixonado, frequentemente exclusivista, capaz de se recusar a viver um relacionamento se lhe parecer excessivamente morto. Prefere a abstinência ao tédio.

Gêmeos

Maça de ferro - símbolo do signo de gêmeos
Muito sociável, você gosta do diálogo, das mudanças e das discussões, que são um excelente meio de satisfazer sua curiosidade insaciável. Você se exprime com facilidade, com tranquilidade, a ponto de conseguir falar brilhantemente de assuntos que mal conhece, pois a audácia de se comunicar ajuda-o a convencer as pessoas sobre os seus talentos.
Seu amor pelas mudanças e contatos humanos o afasta de todos os trabalhos rotineiros, nos quais você compara como uma planta privada de água e luz. Você foi feito para a improvisação, e os riscos não o assustam. Em geral seus dons o conduzem mais para as profissões no âmbito intelectual do que manual.

Sagitário

Arco - símbolo do signo de sagitário
Sociável e aberto, você gosta de contatos e tem particular necessidade de se sentir apreciado, de fazer parte de um grupo, tendo uma real capacidade para organizar, motivar e reunir.
Seu lado acolhedor e caloroso, entretanto, não anula o fato de que você é muito independente, sobretudo na primeira metade de sua vida, pois na segunda será mais conformista, mais estabelecido e respeitoso para os códigos e instituições. Em sociedade, dá sempre a impressão de ser muito seguro de si, de estar bastante a vontade a ponto de as pessoas reclamarem que você ocupa espaço demais.
Mais para autoritário, sem ser necessariamente diretivo, você saberá ser desembaraçado, encontrando as soluções para seus problemas, principalmente com os que ama: jamais tira a liberdade daqueles a quem gostsa, conscientemente, mas inconscientemente...

Câncer

Cutelo - símbolo do signo de câncer
Hipersensível e emotivo, suas reações têm raiz nas primeiras impressões e sensações que você teve da vida, principalmente a familiar. Sem que perceba, mesmo que a contragosto, você se vê incessantemente fazendo referências às suas experiências na infância e, portanto, ao modo como seus pais e amigos lhe influenciaram.
Se por azar, esse período de sua vida tiver causado frustações e sensações de abandono, justificadas ou não, ocorrerá o risco de desenvolver uma verdadeira fobia a tudo que se assemelhe, de perto ou de longe, a uma separação ou rejeição afetiva. Junto com sua capacidade de ser terno, delicado, estão a imaginação e a intuição. Usando essas qualidades, você conseguirá muito êxito, desde que seu físico e emocional estejam equilibrados. Ao menor sinal de contrariedade, seu estômago se contrai e seu apetite aumenta, você necessita, acima de tudo uma vida regular e de sono.

Capricórnio


Lança - símbolo do signo de capricórnio
Para definí-lo em poucas palavras, será suficiente dizer que você está à procura de qualidade e autenticidade. Sua grande motivação é descobrir a verdade oculta sob as aparências das coisas e sob a mentira. E nessa busca será capaz de manifestar obstinação e rigidez.
Um tanto anti-social, devido a sua timidez e exigência, receia desagradar, o tornando reservado, até mesmo frio...Mas, por ser paciente, você geralmente avançará lentamente, com segurança, a partir do momento que se apaixonar por alguma coisa ou pesssoa.
Com mania de esconder sua sensibilidade sob uma aparência de compassividade ou disciplina, prefere manter um aparente controle de suas emoções e sentimentos. Só que por dentro, o fogo arde, fazendo você ser capaz de assustadoras inversões nos vapores.

Leão

Espada - símbolo do signo de leão
Leal, autoritário, seguro de si, tem uma alma de chefe, uma tendência a chefiar, e jamais se sente tão bem como quando os outros, principalmente os pequenos, os frágeis, contam com você para se apoiar e cantar em seu louvor. Você gosta, definitivamente de dirigir, demonstrar, proteger e liderar. Toda situação em que é subalterno lhe é penosa e toda dependência o incomoda profundamente.
Extremamente franco e corajoso, você resgata seus pequenos defeitos através de um intenso calor humano e de uma generosidade que não falham tanto na amizade como no amor. Mas por vezes, sua necessidade de brilhar a qualquer preço o torna irritadiço, onde só enxerga o que acha correto, numa longa corrida em busca da "explêndida imagem" que você tem de si mesmo.

Aquário

Funda - símbolo do signo de aquário
Você chegou ao mundo sob o signo da comunicação em nível superior, tanto em qualidade como em quantidade. O culto do ego é para você uma religião ultrapasssada. Entretanto, o "um por todos e todos por um", poderia ser seu discurso. Idealista ao extremo, você aspira ao progresso que se dá através de revoluções pacíficas e colizões generosas.
Com horror visceral a pressões de qualquer tipo, tanto na vida profissional como na vida pessoal, reage com independência e desenvoltura àqueles que querem colocá-lo "nos trilhos". Dentro do mesmo ponto de vista, você é eficaz, corajoso e energético quando animado por um entusiasmo, mas não prefere fazer nada a ter que assumir uma tarefa que o aborreça.

Virgem

Faca - símbolo do signo de virgem
Você é de natureza tímida e introvertida. Sua candura natural e sua ingenuidade lhe renderam, tanto da vida quanto dos outros, alguns bons tombos e decepções, o que o fez que se tornasse desconfiado e um tanto arredio, como para se proteger. Às vezes, você é uma presa fácil de um complexo de inferioridade, pois se dá pouco valor e hesita muito em reclamar ou bater os punhos na mesa. Mas você se sobressai quando se trata de julgar, colocar as coisas em seus devidos lugares, separar o joio do trigo. Sua melhor qualidade, sem dúvida, é o discernimento. É naturalmente dotado para todas as profissões que exijam precisão e habilidade manual, sabe se filiar à disciplina, trabalhando bem em administrações. Profissão médica ou paramédica são indicadas.

Peixes

Machado - símbolo do signo de peixes
Emotivo e vulnerável, mais adaptável e flexível que voluntarioso, você vive no ritmo das sensações e impressões que o assaltam. Seu modo de comunicação favorito é a osmose, pois deseja a integração com o outro, assim como com o mundo.
Sua capacidade de adaptação leva-o à identificação e ao oportunismo, dos quais você tirará partido com uma tranquilidade assustadora, seja qual for a situação. Seu esforço é sem dúvida no sentido de jamais ser dirigido e cedido a uma opinião pré-concebida. Profissões ligadas à Arte e ao misticismo são indicadas.


quinta-feira, 26 de março de 2009

Maquiagem Árabe

Um encontro super especial, aonde você entra em contato com a cultura árabe e a beleza.
Aqui,Maquiagens feitas por maquiadores do Líbano










Mulheres árabes - retratos para olhar além do véu







Este álbum é uma coletânea de imagens de mulheres árabes. Todas as imagens para que olhemos muito além do véu. Sabemos que por trás de toda a beleza deste mundo árabe há muita opressão, no entanto reconhecer que há o terror não nos impede de celebrar a esperança de que estas mulheres conquistarãom mais e mais seus direitos. De fato, porque sabemos que o o mundo arábe não é construído pelo terrorismo e violência como amplamente divulgado pela mídia, é construído por valores como a família, a amizade, fé... infelizmente a opressão atinge aqueles que justamente querem ter a liberdade de simplesmente viver a sua individualidade e a mulher sempre teve menos voz ativa em muitas culturas.Este acervo retratos é totalmente reflexiva. É para olhar as imagens valorizando as peculiaridades desta cultura e suas mulheres. São rostos do cotidiano, em vários países.Vocês verão que há poesia em cada uma delas, mesmo que no final de cada verso sempre haja uma lágrima ou sorriso, cada uma demonstra o quão grandiosa é essa cultura e o quão grandioso é ser mulher.



quarta-feira, 25 de março de 2009

Cesta Básica: Os melhores discos do a-Ha


Uma das bandas mais queridas dos anos 80, o a-Ha arrebatou uma multidão de criança e adolescentes com as suas canções pop e um vocalista que arrancava suspiro das meninas. Formada por Morten Harket (vocais), Paul Waaktaar (guitarra) e Magne Furuholmen (teclados), a banda norueguesa foi um dos expoentes do synth pop que tanto sucesso fazia no início dos anos 80. O nome da banda veio da interjeição de surpresa. E, naquela época, o a-Ha foi realmente uma surpresa. Formada em 1982, a banda ainda demorou um pouco para conhecer a fama. O primeiro sucesso, "Take On Me", já era uma canção antiga, mas que não havia dado certo. Nas mãos do produtor Alan Tarney, a música acabou virando febre mundial, e o a-Ha, finalmente, pôde gravar o seu primeiro álbum, "Hunting High And Low". Depois do primeiro disco, a banda ainda gravou mais alguns bons discos recheados de sucessos instantâneos, como "Cry Wolf" e "You Are The One". No total, foram nove álbuns de estúdio em um período de 20 anos, pois a banda se separou entre 1994 e 1998. A Cesta Básica dessa semana vai dar uma geral nos principais discos da carreira do a-Ha, a fim de que você fique preparado para os shows que acontecerão no Brasil nessa semana.
Os 4+ :
"Hunting High And Low" (1985) - Após ter fracassado com o lançamento da canção "Take On Me", o a-Ha chamou o produtor Alan Tarney, e o "novo" single se transformou em uma mina de ouro, vendendo 1,5 milhão de cópias, em apenas um mês, e alcançando o topo da parada da Billboard. O álbum "Hunting High And Low" foi lançado e, quando a MTV entrou na parada, não teve mais jeito - em 1986, o videoclipe venceu seis categorias do MTV Video Music Awards. Além de "Take On Me", um verdadeiro clássico do new wave, o primeiro disco do a-Ha apresentou outro single que fez imenso sucesso. A complexa "The Sun Always Shines On TV", a melhor composição da banda até hoje, foi outro sucesso (primeiro lugar da parada britânica) e alavancou a venda do álbum, que, até hoje, já vendeu quase 10 milhões de cópias. O álbum de estreia do conjunto norueguês provava, em definitivo, que o a-Ha não era uma banda de um single só. O coeso disco, moderno para o seu tempo, trazia ainda a ótima (apesar de ser muito Depeche Mode demais) "Train Of Thought", a linda balada "Hunting High And Low", e a valsa-pop "Living a Boy's Adventure Tale". Mais do que rostinhos bonitos, os integrantes do a-Ha mostravam que eram bons músicos e, acima de tudo, ótimos compositores. Foi uma estreia arrasadora.
"Scoundrel Days" (1986) - Após o sucesso de "Hunting High And Low", o a-Ha enfrentou o difícil desafio do segundo álbum. Se não chega a ser tão bom quanto "Hunting High And Low", "Scoundrel Days" trazia mais uma ótima safra de canções que manteve o grupo sob os holofotes por mais um bom tempo. Três canções explodiram nas paradas de sucesso: "I've Been Losing You", "Cry Wolf" e "Manhattan Skyline". Musicalmente, o a-Ha não mudava em quase nada com relação ao primeiro disco. Talvez "Soundrel Days" seja um pouco mais puxado para o rock, a exemplo da canção "I've Been Losing You", mas mesmo assim, o pop "bubble gum" predominava. No entanto, era possível notar um amadurecimento da banda em alguns quesitos, como a voz de Morten Harket, cada vez melhor (para comprovar, basta ouvir a faixa-título), e Paul e Mags também estavam mais afiados. Além dos singles do álbum, destacam-se as faixas "The Swing of Things" (com um belo arranjo de guitarras), a balada "October" e o encerramento com "Soft Rains Of April".
"Stay On These Roads" (1988) - O sucesso alcançado pelo a-Ha com os seus dois primeiros álbuns fizeram com que os produtores de James Bond convidassem a banda norueguesa para escrever a canção-tema do filme "Marcado Para Morrer". "The Living Daylights" foi gravada e - bingo! - tornou-se sucesso absoluto. Com um hit desses na manga, as coisas ficaram fáceis para a banda lançar o seu terceiro álbum. "Stay On These Roads" chegou às lojas em 1988 e, seguindo a mesma receita dos discos anteriores, foi um campeão de vendas. Nos Estados Unidos, as coisas continuavam sem acontecer para o a-Ha (por lá, eles ainda são uma "banda de uma música só"), mas no Reino Unido, "Stay On These Roads" chegou ao segundo lugar da parada de discos, e hits como a faixa-título, "You Are The One", "The Blood That Moves The Body", "Touchy!", além de "The Living Daylights", estouraram nas rádios. Nesse mesmo período, o a-Ha virou febre aqui no Brasil, o que resultou nos primeiros shows dos noruegueses por essas terras. Inclusive, aqui, outra canção de "Stay On These Roads" que fez imenso sucesso foi a balada "There's Never a Forever Thing". Pena que depois desses três primeiros discos, as coisas ficaram um pouco mais difíceis para o a-Ha...
"Minor Earth Major Sky" (2000) - Em 1990, ainda aproveitando o sucesso de "Stay On These Roads", o a-Ha lançou o álbum "East Of The Sun, West Of The Moon", que teve como principal faixa "Crying In The Rain", antigo sucesso do The Everly Brothers. A banda voltou ao Brasil para um show na segunda edição do Rock in Rio, que aconteceu no Estádio do Maracanã, em janeiro de 1991. No ano seguinte, os noruegueses lançaram o fraquíssimo "Memorial Beach", e a banda acabou se separando. Morten, Paul e Magne partiram para as suas carreiras solo até o a-Ha voltar às suas atividades em 1998. Dois anos depois, o grupo lançou "Minor Earth Major Sky", um álbum que, se estava distante daquela sonoridade original dos três primeiros discos, pelo menos era bem superior a "Memorial Beach". A principal característica desse sexto trabalho da banda é o fato de o a-Ha ter se vendido para uma nova geração de fãs - a banda não lançava um novo trabalho havia oito anos. Apesar de não ter vendido muito, o a-Ha mostrou muita dignidade, e foi retribuído pelos seus velhos fãs com uma boa recepção a boas canções como "Little Black Heart" e "I Wish That I Cared".
Dispensável :
"Memorial Beach" (1992)
- Para quem conheceu o auge nos anos 80, a década de 90 começou muito ruim para o a-Ha. "East Of The Sun West Of The Moon" já não era um bom disco. Mas as coisas ainda ficaram piores com "Memorial Beach". Nele, fica nítida a impressão de uma banda que não quer mais trabalhar em conjunto. Esse quinto álbum, na verdade, poderia nem ter existido. Uma tentativa que beirou o ridículo de se parecer com o U2, na canção "Dark Is The Night For All" foi a senha para a separação da banda. Das dez faixas do álbum, oito foram compostas exclusivamente por Paul Waaktaar. Pouca coisa ali se salvava no meio de tantas músicas fracas como "Angel In The Snow", "Between Your Mama And Yourself" e "Lie Down In Darkness". A menos ruim era "Move To Memphis", mas, mesmo assim, bem aquém de composições que fizeram a fama da banda, como "Take On Me" e "The Living Daylights". Pelo menos, a banda norueguesa reencontrou o seu rumo com "Minor Earth Major Sky", que abriu as portas para dois bons álbuns que resgataram a veia pop (e a dignidade) da banda: "Lifelines" (2002) e "Analogue" (2005). Que venha o próximo! E que, antes, venham os shows no Brasil!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Líbano - História

O Líbano é um país do oeste asiático situado no extremo leste do Mar Mediterrâneo, limitiado ao norte e a leste pela Síria e ao sul por Israel, na região do Crescente Fértil, onde surgiram as primeiras grandes civilizações da humanidade. É a pátria histórica dos fenícios, negociantes semíticos da Antiguidade, cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 2 000 anos e que criaram o primeiro alfabeto, do qual sairam todos os demais, tanto semíticos como indo-europeus. Foram os fenícios que fundaram Cartago, a maior rival de Roma na antigüidade. Outras cidades importantes eram: Tiro, Sídon, Biblos e Arvad que mantiveram sua importância durante o domínio romano. Com a conquista de Alexandre Magno em 332 a.C., a região ficou integrada na civilização helenística. Seguiu-se a dominação do Egipto ptolemaico, que por sua vez foi seguida pela dominação do Império Selêucida.
No
século I a.C. o Líbano passou a fazer parte do Império Romano e, em seguida do Império Bizantino, sendo introduzido o cristianismo na região. A conquista árabe do século VII introduziu a actual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. Durante a Idade Média o território que hoje é o Líbano esteve envolvido nas cruzadas quando então foi disputado pelo Ocidente cristão e pelos árabes muçulmanos. No século XII o sul do Líbano esteve integrado no reino latino de Jerusalém. Foi depois ocupado pelos turcos do Império Otomano em 1516.
Entre o fim do
século XIX e o início do século XX, grandes quantidades de libaneses de diferentes etnias e religiões fugiram de conflitos bélicos e perseguições religiosas; muitos migraram para a América, estabelecendo-se em países como os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil (ver Imigração árabe no Brasil).
Com o fim do
Império Otomano, após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Líbano foi colocado sob o mandato francês, confirmado pela Sociedade das Nações em 1922. A República Libanesa foi criada em 1926. Durante a Segunda Guerra Mundial, país foi ocupado (1941-1945), pelas forças da França apoiadas pelos britânicos.
A independência foi conquistada em
1945, sendo o país considerado,sob o ponto de vista financeiro, a Suíça do Oriente. Por ali eram feitas grandes negociações de petróleo. Sob o ponto de vista turistico, era comparado ao Mónaco do Oriente; possuía casinos e hotéis de luxo, porém, disputas crescentes entre cristãos e muçulmanos, exacerbadas pela presença de refugiados palestinos, minaram a estabilidade da república. A hostilidade entre os grupos cristãos e muçulmanos levou a uma guerra civil e a intervenção armada (1976) pela Síria. As atividades da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), levaram à invasão e ocupação israielita (1976), da parte sul do Líbano. Uma força de paz da ONU tentou sem sucesso estabelecer uma zona intermediária. Em 1982, Israel promoveu uma invasão militar que provocou a saída de palestinos. As forças de paz da ONU retornaram aquela região quando houve o massacre de civis muçulmanos em Sabra e Chatila, realizado pela milícia falangista cristã na Beirute Ocidental, ocupada por Israel em represália pelo assassinato do presidente Bachir Gemayel por falangistas palestinos. A Síria interveio novamente em 1987. Israel criou o Exército do Sul do Líbano e ocorreram cerca de vinte invasões aéreas israelitas durante o ano de 1988.
No mesmo ano, a administração libanesa cindiu-se com o fim do mandato de Amin Gemayel, irmão de Bachir, e o país passou a ter dois primeiros-ministros ( o sunita Selim Hoss, que era o primeiro-ministro de fato e de direito de acordo com a Constituição e o cristão general Michel Aoun, indicado por Gemayel) e nenhum presidente. Em
1989, foi negociado um acordo na Arábia Saudita (Acordo de Taif), nele o domínio maronita no governo deveria ser reduzido. Apesar da relutância, uma frágil paz foi estabelecida sob a proteção Síria que foi formalizada por um tratado em 1991. A tensão no sul do país continuou, com ataques guerrilheiros radicais do Hezbollah, apoiados pelo Irã, contra o Exército do Sul do Líbado, apoiado por Israel.
Em
1996, agressões israelitas provocaram a intervenção dos Estados Unidos e da França. Com a participação da Síria, do Líbano e de Israel, foi aberta uma negociação que ficou conhecida como "entendimento de Abril" que reconheceu o direito de resistência contra a ocupação do exército israelita e a milícia que colabora com ele dentro do território ocupado, com as devidas salvaguardas da população civil e da infra-estrutura do país. A resistência libanesa obedeceu o "entendimento de Abril" não violando os seus termos. O que tem ocorrido desde então são acções de legítima defesa da resistência libanesa contra a ocupação que causaram o descontrole do exército israelita, o qual começou a perpetuar violentos e desesperados ataques contra o Líbano, como os do dia 8 de fevereiro de 2000.

sexta-feira, 20 de março de 2009

PROJETO SOU LIBANÊS – O QUE É?


É uma campanha criada para facilitar o registro de “Cidadania Libanesa” aos descendentes estabelecidos no Brasil.
Existem mais libaneses e descendentes vivendo no Brasil, do que no próprio Líbano. Porém, a maioria deles possui apenas a cidadania brasileira.
Por este motivo, criamos a oportunidade de conquistar a dupla cidadania, recebendo todas as orientações através do Projeto Sou Libanês, que não cobra nada por este serviço.
De qualquer parte do Brasil, você pode pedir auxílio à nossa central, para conseguir efetivar o seu registro e de sua família.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dança do Ventre - Uma Dança Milenar



A dança do ventre é uma dança Milenar, e foi praticada por sacerdotizas no antigo Egito. É uma dança que cresce no mundo todo. A procura das mulheres por esta dança evidencia o renascer da força feminina no universo e porque tantas mulheres envolvidas com o estudo da magia natural procuram a dança., para aquelas que não acreditam, a procura também aumentou para que as mulheres procurassem resgatar sua feminilidade ou simplesmente dançar esta dança que mexe com nossas fantasias.

Origem da dança do Ventre

Dança do ventre foi um nome dado pelos franceses, para os americanos, Belly dance. No oriente chama-se Raqs el Sharke, que quer dizer dança do leste. A origem da dança do ventre é até hoje um mistério. A versão mais aceita entre os profissionais da área e antropólogos são os rituais de fertilidade realizados no Egito. Porém, alguns apontam para a Mesopotâmia o nascimento desta dança :
" Embora a dança seja comumente associada ao Egito e Arábia, as notícias mais antigas sobre o tema vêm da Mesopotâmia, ali, as mulheres dançavam em louvor à Grande Mãe, que ganhou nome de Inana entre os sumérios, Ishtar entre os Assírios babilônicos e Astarte entre os cananeus e fenícios- todas elas ligadas a fecundidade, vegetação e ao amor "

Revista Planeta - Setembro 1999

Ou ainda: " A dança do ventre é um ritual sagrado anterior à mais antiga civilização reconhecida históricamente, a dos sumérios em 6.500 a.C. ... Os sumérios que chegaram por volta de 3.500 anos a.C. às mesmas terras, vindos da Ásia Central - também reverenciavam a Grande Mãe, que se manifestava sob a forma da deusa Inana."

Revista Mais Vida - Fevereiro1996

Estes rituais de fertilidade podem ser encontrados em todas as culturas primitivas. Sabemos, através das pesquisas que a dança surgiu destas manifestações religiosas, porém, não podemos afirmar que dentro de todas estes rituais dos diferentes povos, a coreografia utilizada tenha sido comum e igual a dança do ventre que conhecemos hoje. Devido a isso, é errado dizer que a dança do ventre surgiu destes rituais de fertilidade. Porém, históricamente sabemos da invasão árabe no Egito e, como são eles os responsáveis por sua propagação, podemos afirmar então, que ela surgiu dos rituais de fertilidade realizados no Egito. Aproximadamente no ano 5.000 a.C (segundo papyros e hieroglifos em pedra), a dança era praticada por sacerdotizas nos templos em honra a deusa Mãe Ísis, pedindo fertilidade para as mulheres, animais solo, etc. As sacerdotizas dançavam para que os sacerdotes entrassem em transe e, na época de plantio, era comum o ato sexual entre eles como um ritual. Encontra-se ainda relatos sobre a origem dança do ventre no Egito criada por um escravo africano chamado Bes em homenagem a Hathor, outra deusa mãe. Esta era associada a fertilidade da terra.
Uma outra versão da dança no Egito é, segundo Regina Ferrari, os fenômenos da natureza terem sido associados a origem divina pelos antigos egípcios. Estes não compreendiam as alternâncias do dia e da noite e acreditavam que, no céu, vivia Nut, uma grande Deusa protegendo a Terra e parindo de seu ventre o Sol todos os dias e a Lua todas as noites. Mais tarde, a crença expandiu-se para as deusas Hathor, a mãe Vaca e Ísis, a deusa da Lua. Nos rituais em homenagem às deusas, segundo ela, nos templos de Ísis , eram praticadas danças que simulavam, através de movimentos e ondulações no ventre, a origem da vida. Sobre Ísis encontramos hierogfos gravados em pedra e seu santuário em Dendera e um templo na ilha Filas, onde sacerdotizas ainda resgatam seu culto. A religião da deusa foi a maior e mais antiga religião, praticada por povos primitivos. Segundo relatos de livros sobre este tema, a Deusa foi a divindade suprema durante 30.000 anos, reverenciada e conhecida sob inúmeras manifestações e nomes, em todas as culturas, originando as lendas e os mitos conforme os lugares e períodos de seus cultos. Segundo Claudia Cenci (professora dança do ventre de O Clone), Toda a dança sempre foi em algum momento um ritual religioso e desenvolveu-se para personificar os valores das culturas a que pertencia. Com o enfraquecimento do culto à Ísis a dança do ventre foi perdendo seu caráter sagrado e passou a servir como atração em palácios e festas populares. Por volta do ano 650 d. C. os árabes invadiram o Egito e à dança do ventre eles acrescentaram seu caráter festivo, tomando-a como costume e sinal de celebração e sorte em suas festividades em geral.

segunda-feira, 16 de março de 2009

LUTO - Fiz especialmente para você

A ausência da presença, machuca e fere o coração.
Cicatrizes que se abrem facilmente,mais que se fecham com a recordação.
Nunca esperamos um adeus,e mesmo que venhamos a dizer ou ouvi-lo,que não produzam em nós, um sentimento de perda total,falta de força ou coragem.
Mesmo que seja sentida dolorosamente,essa perda de convívio é superada pela alegria das lembranças,que estarão cada vez mais vivas em nossas mentes,e marcadas com carinho em nossos corações.
Apesar da imensa solidão que sentimos no íntimo,uniremos forças para estarmos sempre felizes, pois,sem dúvida,estaremos sendo lembrados pelas mesmas pessoas em que estamos pensando neste exato momento,com as mesmas alegrias e SAUDADE...
DESCANSE EM PAZ!!!

Religião dos árabes - História da religião dos árabes


Islamismo

O islã é uma das mais importantes religiões mundiais (a população muçulmana é estimada em mais de 935 milhões), originária da península da Arábia e baseada nos ensinamentos de Maomé (570-632), chamado o Profeta. Segundo o Alcorão, o Islã é a religião universal e primordial. O muçulmano é um seguidor da revelação divina contida no Alcorão e formulada pelo profeta Maomé. Já que, no Alcorão, muçulmano é o nome dado aos seguidores de Maomé (Alcorão 22,78), os muçulmanos sentem-se ofendidos quando são chamados de maometanos pois isto implica a idéia de um culto pessoal a Maomé, proibido no Islã.


Os muçulmanos consideram a Caaba, ao centro da grande mesquita de Meca, o lugar mais sagrado da Terra. A tradição muçulmana diz que os patriarcas Abraão e Ismael construíram o santuário sobre os primeiros alicerces postos por Adão. Todos os muçulmanos do mundo rezam nesta direção e, todos os que não tiverem um sério impedimento, deverão peregrinar à Meca, pelo menos uma vez na vida. Esta imagem mostra a cerimônia na qual os peregrinos devem beijar a Pedra Negra (Caaba). Os fiéis permanecem neste lugar vários dias, celebrando rituais.

Doutrina e prática

As duas fontes fundamentais da doutrina e da prática islâmicas são o Alcorão e a sunna (conduta exemplar do profeta Maomé). Os muçulmanos consideram o Alcorão como a palavra "incriada" de Deus, revelada a Maomé através de Gabriel, o arcanjo da revelação. Os islamitas acreditam que Deus, e não o Profeta, é o autor destas revelações. Por isto, o Alcorão é infalível. O Alcorão contém as revelações transmitidas a Maomé durante os quase 22 anos de sua vida profética (610-632). A segunda fonte essencial do islã, a sunna ou exemplo do Profeta, é conhecida através dos Hadith, recompilação de tradições baseadas no que disse ou fez o Profeta. Ao contrário do Alcorão, os Hadith não são considerados infalíveis. O monoteísmo é uma matéria central para o Islã: a crença em um Deus (Alá), único e onipotente. Deus desempenha quatro funções fundamentais no Universo e na humanidade: criação, sustentação, orientação e julgamento, que se conclui com o dia do Juízo, no qual a humanidade será reunida e todos os indivíduos serão julgados de acordo com seus atos. Deus, que criou o Universo por absoluta misericórdia, é obrigado também a mantê-lo. A natureza é subordinada aos homens que podem explorá-la e beneficiar-se dela. Todavia, o último objetivo humano consiste em existir para o "serviço de Deus". No que se refere à prática islâmica, cinco deveres — conhecidos como os "pilares do Islã"— são fundamentais: – profissão da fé ou testemunho; "Não há nada superior a Deus e Maomé é seu enviado". Esta profissão deve ser feita, publicamente, por cada muçulmano pelo menos uma vez na vida. – cinco orações diárias. Durante a oração, os muçulmanos olham em direção à Caaba, em Meca (Makka). Antes de cada oração comunitária, é feita uma chamada pública, pelo muezim, a partir do minarete da mesquita. – Pagar o zakat (óbolo), instituído por Maomé. – jejum no mês de Ramadã. – peregrinação à Caaba, em Meca. Todo muçulmano adulto, capacitado fisicamente e dotado de bens suficientes, deve realizá-la pelo menos uma vez na vida. Além destas cinco instituições básicas, o Islã impõe a proibição do consumo de álcool e carne de porco. Além da Caaba, os centros mais importantes da vida islâmica são as mesquitas.

Islã e sociedade

O conceito islâmico de sociedade é teocrático, sendo que o objetivo de todos os muçulmanos é o "governo de Deus na Terra". A filosofia social islâmica baseia-se na crença de que todas as esferas da vida constituem uma unidade indivisível que deve estar imbuída dos valores islâmicos. Este ideal inspira o Direito islâmico, chamado sharia, que explica os objetivos morais da comunidade. Por isso, na sociedade islâmica, o termo Direito tem um significado mais amplo do que no Ocidente moderno secularizado, pois engloba imperativos morais e legais. A base da sociedade islâmica é a comunidade dos fiéis que permanece consolidada no cumprimento dos cinco pilares do islã. Sua missão é "inspirar o bem e proibir o mal" e, deste modo, reformar a Terra. A luta por este objetivo tenta se concretizar através da jihad (guerra santa) que, se for necessário, pode englobar o uso da violência e a utilização de exércitos. A finalidade prescrita pela jihad não é a expansão territorial ou a tomada do poder político, e sim a conversão dos povos ao Islã.

História do Islã

Na época de Maomé, a península da Arábia era habitada por beduínos nômades — dedicados à criação de rebanhos e saques —, e pelos árabes que viviam do comércio. A religião dos árabes pré-islâmicos era politeísta e idólatra, embora existisse uma antiga tradição de monoteísmo. Maomé foi precedido por oradores monoteístas, mas com pouco êxito. Pertencente ao clã Haxemita, da tribo beduína Curaichita, Maomé iniciou seu ministério aos 40 anos, quando começou a pregar em Meca, sua cidade natal. Depois de quatro anos, convertera cerca de 40 pessoas. Hostilizado pelos outros habitantes que viam naquele discurso monoteísta uma ameaça aos lucros obtidos com as caravanas que paravam em Meca para reverenciar ídolos locais, Maomé acabou fugindo para Medina, em 622. A partir deste acontecimento, conhecido por Hégira, inicia-se o calendário islâmico. Na ocasião de sua morte, em 632, Maomé já era o dirigente máximo de uma religião que ganhava poder com grande rapidez. A primeira escola importante de teologia islâmica, a mutazilita, surgiu graças à tradução das obras filosóficas gregas para o árabe, nos séculos VIII e IX, e ressaltava a razão e a lógica rigorosa. A questão da importância das boas ações continuava, mas a ênfase principal era na absoluta unicidade e justiça de Deus. Os mutazilitas foram os primeiros muçulmanos a adotar os métodos filosóficos gregos para difundir suas idéias. Alguns de seus adversários utilizaram os mesmos métodos e o debate resultou no movimento filosófico islâmico, cujo primeiro representante importante foi al-Kindi (século IX), que tentou conciliar os conceitos da filosofia grega com as verdades reveladas do islã. No século X, o turco al–Farabi foi o primeiro filósofo islâmico a subordinar revelação e lei religiosa à filosofia. Defendia que a verdade filosófica é idêntica em todo o mundo e que as diversas religiões existentes são expressões simbólicas de uma religião universal ideal. No século XI, o filósofo e médico persa muçulmano Avicena (Ibn Sina) conseguiu a mais sistemática integração do racionalismo grego com o pensamento islâmico. Averroés, o filósofo e médico ibero-muçulmano do século XII, defendeu os conceitos aristotélicos e platônicos e converteu-se no filósofo islâmico mais importante da história intelectual do Ocidente. A estagnação da cultura islâmica depois da Idade Média resultou em uma renovada insistência no pensamento original (ijtihad) e nos movimentos de reforma religiosa, social e moral. O primeiro deste tipo foi o wahabita, nome dado em homenagem a seu fundador Ibn Abd al-Wahhab, que surgiu na Arábia, no século XVIII, e converteu-se no líder de um grande movimento que se integrava com as ramificações do mundo muçulmano. Outros reformistas islâmicos foram marcados por idéias ocidentais como Mohamed Abduh ou Mohamed Iqbal. Embora as idéias modernas estejam baseadas em interpretações plausíveis do Alcorão, os fundamentalistas islâmicos opuseram-se fortemente a elas, sobretudo a partir de 1930. Não são contra a educação moderna, a ciência e a tecnologia, mas acusam os reformistas de difundirem a moralidade ocidental. Por fim, o ressentimento que os muçulmanos sentem pelo colonialismo ocidental fez com que muitos deles relacionassem às culturas do ocidente tudo que seja sinônimo e representação do mal.

Mapa dos países de influência árabe

Embora o termo semita seja empregue popularmente para designar os seguidores do judaísmo, na realidade se refere àqueles povos que falam línguas semíticas, como o árabe e o hebraico. Os semitas vivem em zonas do Oriente Médio e da África do Norte, como se pode ver na ilustração.


Literatura Árabe - História da Literatura Árabe

Introdução
literatura dos povos de língua árabe e um dos principais veículos da civilização islâmica. A literatura árabe clássica surgiu de reflexões religiosas e eruditas.
Época medieval
O exemplo de maior destaque da literatura árabe é o Alcorão, livro que os muçulmanos julgam revelado por Deus a seu profeta, Maomé, no século VII, e que é reverenciado em todo mundo. Conservam-se centenas de odes e poemas compostos um século antes da época do profeta. Entre os autores mais destacados encontram-se al-Asha, Amr ibn-Kultum e Imru-al-Qays. O Hamasa de AbuTammam, el Mufaddaliyat, resumido por al-Mufaddal, e el Kitab al-Agani são famosos recopiladores da poesia pré-islâmica. A poesia continuou prosperando sob da dinastia omíada (661-750) com poetas como al-Farazdaq e Jarir. O poeta do século X al-Mutanabbi é considerado como o último dos grandes poetas árabes. As obras em prosa mais antigas que sobreviveram, com o pré-islâmico Aiyam al-Arab, são histórias que comemoram guerras tribais. Ibn-Ishaq escreveu uma biografia do Profeta. Graças às academias, o pensamento filosófico islâmico estimulou-se através do estudo dos antigos filósofos gregos, nos séculos XII e XIII, o sufismo islâmico expressou-se através da poesia de Ibn al-Faridand Ibn al-Arabí e nos Escritos dos Irmãos da pureza. Os grandes filósofos medievais influenciaram no desenvolvimento da escolástica. Os mais destacados foram Averroés (Ibn Rusd), Avicena (Ibn Sina) e Al Ghazali. A literatura popular, constituída por narrações dos contadores de histórias, formam uma tradição oral ainda viva nesta parte do mundo. Os heróis da Antigüidade e o famoso califa do século VIII Harun al-Rachid se converteram em protagonistas de contos como os de As Mil e uma noites. Os famosos Maqamat (Saraus) do poeta al-Hamadani e as Maqamat do escritor al-Hariri foram criadas tanto para instruir como para divertir.
Época moderna
Um dos escritores mais aplaudidos da atualidade é o romancista, autor teatral e roteirista Naguib Mahfouz, prêmio Nobel em 1988. O romance também é representado por M. Hussain Heikal; a poesia por Shauqi e por A. Z. Abushady; os contos por Mahmud Taimur, e o ensaio literário e filosófico por Taha Hussein. Tawfiq al-Hakim e Salama Musa, entre outros, optaram por uma literatura mais ocidentalizada. As poesias do Profeta, de Kahlil Gibran, são lidas em todo mundo.
Literatura Árabe Andaluza
Com a introdução da poesia árabe na nascente cultura árabe-andaluza, prosperaram eruditos e recopiladores como Ibn Abd Rabbini (860-940), Abú al-Qali (901-967), Ibn Bassan de Santarén (?-1147) e Said al-Magrabi. Autores autônomos importantes foram Yahya al-Hakam al-Bakrí (?-864) e Abd al-Malik (796-852), que foi o primeiro historiador andaluz. Abd al-Rahmán III rodeou-se de poetas e eruditos para conseguir uma consciência nacional. Assim surgiram as escolas poéticas sevilhana — inclinada para a poesia amorosa e lírica — e cordobesa, mais intelectual e filosófica. Durante o reinado de Al Hakam destacou-se o grande poeta Ibn Hani de Elvira (?-972) e apareceram obras como o Livro dos hortos, uma antologia de poetas árabe-andaluzes. Após os reinos de Taifas as letras árabe-andaluzas alcançaram um grande desenvolvimento. Em Sevilla sobressaiu-se al-Mutadid e, em Córdoba, Ibn Hazm (944-1064), autor de O colar da pomba. As grandes figuras nas composições líricas da dinastia almorávida foram ibn Quzmán (c. 1078-1160), ibn Hafaga de Alcira (?-1134) e ibn al-Zaqqah. Com os almorávidas desenvolveu-se uma literatura filosófica nas quais se destacaram o já mencionado Averroés e ibn Arabi, a figura mais representativa do sufismo árabe-espanhol.

Civilização Árabe - A história dos Árabes

A civilização árabe ou islâmica surgiu no Oriente Médio, numa península desértica situada entre a Ásia e a África. É área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados, com centenas de milhares recobertos por um enorme deserto, pontilhados por alguns oásis e por uma cadeia montanhosa, a oeste. Somente uma estreita faixa no litoral sul da península possui terras aproveitáveis para a agricultura. Até o século VI, os árabes viviam em tribos, sem que houvesse um Estado centralizado. No interior da península havia tribos nômades de beduínos, que viviam basicamente do pastoreio e do comercio. Às vezes entravam em luta pela posse de um oásis ou pela liderança de uma rota comercial. Também era comum o ataque a caravanas que levavam artigos do Oriente para serem comercializados no Mar mediterrâneo ou no Mar Vermelho. Apesar de dispersos num grande território os árabes edificaram algumas cidades, entre as quais as mais importantes localizavam-se a oeste, na parte montanhosa da Península Arábica. Eram elas: latribe, Taife e Meca, todas na confluência das rotas das caravanas que atingiram o Mar Vermelho. A cidade de Meca era, sem dúvida, a mais destacada, pois, como centro religioso de todos os árabes, ali se reuniam milhares de crentes, o que tornava seu comércio ainda mais intenso. Embora fossem politeístas e adorassem diversas divindades, os ídolos de todas as tribos estavam reunidas num templo, chamado Caaba, situado no centro de Meca. A construção, que existe até hoje, assemelha-se a um cubo e, assim como a administração da cidade, ficava sob os cuidados da tribo dos coraixitas.
Maomé, o Profeta
Maomé, que iria causar enormes transformações em seu povo e no mundo, nasceu por volta de 570, na poderosa tribo dos coraixitas. Tendo sido por muito tempo guia de caravanas, Maomé percorreu o Egito, a Palestina e a Pérsia, conhecendo novas religiões, como o judaísmo e o cristianismo. A grande transformação de sua vida teve lugar quando, já bem estabelecido economicamente, divulgou que tivera uma visão do anjo Gabriel - entidade da religião cristã - em que este lhe revelara a existência de um deus único. A palavra deus, em árabe, se diz Alá. Começou então a pregar o islamismo, ou seja, a submissão total a Alá, com a conseqüente eliminação de todos os outros ídolos. Os crentes na nova religião eram chamados muçulmanos ou maometanos. A revelação feita a maomé e todas as suas pregações estão reunidas no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos e primeiro texto escrito em árabe. Além da submissão total a Alá, o Corão registra as seguintes regras fundamentais para os muçulmanos: orar cinco vezes por dia com o rosto voltado para Meca; jejuar regularmente; dar esmolas; peregrinar ao menos uma vez na vida para Meca. Com os ensinamentos de Maomé se instalaram também outras regras de comportamento individual e social, como a proibição de consumir carne de porco, de praticar jogos de azar e de reproduzir a figura humana, além da defesa da autoridade do pai na família e da permissão da poligamia masculina. Os habitantes de Meca, temerosos de perder o comércio as caravanas de fiéis que se dirigiam à Caaba, passaram a perseguir Maomé, e a maioria da população árabe da cidade não aderiu ao seu monoteísmo. Maomé foi obrigado, então, a fugir para latribe, que passou a chamar-se Medina, nome que significa a "cidade do profeta". Essa fuga, que ocorreu em 622, é chamada de héregia e indica o início do calendário muçulmano, tendo, para esse povo, o mesmo significado que o nascimento de Cristo tem para os cristãos. Gradualmente, o número de crentes em Alá foi aumentando e, apoiado nessa força, Maomé começou a pregar a Guerra Santa, ou seja, a expansão do islamismo, através da força, a todos os povos "infiéis". O grande estímulo era dado pela crença de que os guerreiros de Alá seriam recompensados com o paraíso, caso meressem em luta, ou com a partilha do saque das cidades consquistadas, caso sobrevivessem. A Guerra Santa serviu para unificar as tribos árabes e tornou-se um dos principais fatores e permitir a expansão posterior do islamismo.
A Expansão Muçulmana
Após a morte, Maomé foi substituído pelo califas - os "sucessores do profeta" - que eram chefes religiosos e políticos. Com os califas iniciou-se a expansão da civilização muçulmana, motivada principalmente pela necessidade de terra férteis que o aumento populacional da Península Arábica após a unificação das tribos exigia. Os guerreiros islâmicos, impulsionados pela crença no paraíso após a morte e pelas recompensas terrenas, avançaram rapidamente, aproveitando-se dafraqueza de seus vizinhos persas e bizantinos. Caracterizando-se, em geral, pelo respeito aos costumes dos povos vencidos, os muçulmanos dominaram toda a Península Arábica. Expandindo-se para leste, alcançaram a Índia e, estendendo-se em direção ao Mar Mediterrâneo, conquistaram o norte da África e parte da Península Ibérica. Apesar do avanço muçulmano na Europa ter sido freado na Batalha de Poitiers, em 732, pelo franco Carlos Martel, os árabes ainda conseguiran consquistar as ilhas Baleares, a Sicília, a Córsega e a Sardenha. A extensão dos domínios muçulmanos pelo Mediterrâneo prejudicou o comércio da Europa Ocidental com o Oriente. Este foi um dos fatores que contribuíram para o isolamento dos reinos bárbaros cristãos que voltaram mais ainda para uma economia agrícola e rural, o que contribuiu para a formação do feudalismo. A tolerância dos muçulmanos para com os povos conquistados permitiu-lhes atingir grande progresso econômico e cultural, pois, utilizando elementos próprios e de outras culturas, desenvolveram conhecimentos e técnicas valiosas até hoje. Foi o caso do uso da bússola e da fabricação do papel e da pólvora, aprendidos com os chineses e introduzidos no Ocidente. Em virtude da enorme extensão de seu império, os árabes defundiram o cultivo de produtos agrícolas, como a cana-se-açucar, o algodão, o arroz, a laranja e o limão. No campo das ciências desenvolveram a Matemática, com muitas contribuições à Álgebra, Geometria, Trigonometria e Astronomia. Os algarismos que usamos atualmente são uma herança indiana transformada e transmitida aos ocidentais pelos árabes, daí serem chamados arábicos. Até mesmo a palavra algarismo deriva da lingua árabe. A Medicina que desenvolveram baseou-se nos conhecimentos dos gregos. Séculos mais tarde, os turcos, originários da Ásia Central e seguidores dos islamismo, conquistaram grande parte dos domínios muçulmanos. Eles formaram no século XIV o Império Turco, que englobou esses domínios e acabou, depois de várias tentativas, conquistando o Império Bizantino, com a tomada de Constantinopla em 1453.

Arte e Arquitetura Árabes - História da Arte e Arquitetura Árabes












Introdução




Arte e arquitetura das áreas do Oriente Médio, do norte da África, do norte da Índia e da Espanha que pertenceram ao território do Islã em diversos momentos a partir do século VII.



A Masjid-i-Sha, de Isfahan, é uma madrasa (escola para estudantes do Islã), dentro da qual há também uma mesquita. Foi construída entre 1612 e 1637. A impressionante cúpula é um dos exemplos de azulejaria mais delicados do mundo.



Origens e Características



Dos traços dominantes da arte e da arquitetura islâmicas, a importância da decoração caligráfica e a composição espacial da mesquita estiveram intimamente ligadas à doutrina islâmica e se desenvolveram nos primeiros tempos de sua religião. O profeta Maomé era um rico comerciante de Meca, que experimentou uma série de revelações divinas aos 40 anos e começou a pregar a nova fé. Seus ensinamentos estão contidos no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, onde é marcante a herança lingüística da literatura árabe. A importância desse livro na cultura islâmica e na estética da escritura arábica contribuiu para o desenvolvimento dos estilos decorativos caligráficos em todos os campos da arte islâmica. A palavra escrita, especialmente as inscrições do Alcorão, tinha uma importante função decorativa nas mesquitas e em seus objetos litúrgicos. No ano 622 d.C. Maomé fugiu de Meca em direção a Yathrib, a futura Medina, na denominada hégira, a partir de quando tem início a cronologia islâmica. Em Medina, Maomé reuniu-se a um grupo de crentes para celebrar a oração comunitária. A casa de Maomé consistia em um recinto quadrado de muros de tijolos crus aberto para um pátio coroado por um pórtico ou cobertura no lado sul. No muro oriental, foi construída a ala das mulheres do Profeta, voltada para o pátio, onde se reuniam os fiéis para orar sob as diretrizes de Maomé, que subia em um estrado para se dirigir a eles. Essa disposição arquitetônica foi conservada nas futuras mesquitas, que somente podem apresentar um pátio interior (sahn) rodeado de pórticos (riwaqs) e um espaço coberto (haram), articulado mediante naves de colunas e delimitado pela quibla, o muro que assinala a direção de Meca. Os primeiros seguidores de Maomé foram os povos nômades procedentes da península Arábica, com escassas tradições artísticas, diferentemente dos impérios que conquistaram posteriormente. À medida que se expandiu, o Islã assimilou as distintas tradições culturais e artísticas dos povos conquistados, instaurando assim um estilo artístico próprio, que varia de acordo com as diversas áreas climáticas ou com os materiais disponíveis. Alguns motivos adaptados de outras culturas converteram-se em temas universais do mundo islâmico. A arte islâmica evoluiu a partir de muitas fontes, como as romanas, as paleocristãs ou bizantinas, que se entremearam em sua primeira arquitetura, a arte persa sassânida e os estilos do centro da Ásia, incorporados através das incursões turcas e mongóis. A arte chinesa constituiu um ingrediente essencial da pintura, da cerâmica e das artes têxteis.



Arquitetura



O escasso ritual do culto islâmico deu lugar a duas tipologias de caráter religioso: a mesquita (masjid), recinto onde a comunidade se reúne para orar, e a madrasa ou escola alcorânica. Na arquitetura civil, destacam-se os palácios, os caravançarais e as cidades, planejadas de acordo com a necessidade de canalizar água e proteger a população contra o calor. Outro edifício importante no Islã é o mausoléu, onde eram sepultados os governantes como símbolo de seu poder terreno. O estuque, o tijolo e o azulejo eram usados como elementos decorativos nos edifícios islâmicos. Os painéis murais eram adornados com motivos decorativos de laçaria geométrica sobre azulejos. As gelosias de madeira talhada, muitas vezes com incrustações de marfim, também proporcionaram um suporte para a decoração arquitetônica no mundo islâmico.



Artes decorativas



O banimento da temática figurativa, contida nos hadith, é semelhante à iconoclastia desenvolvida durante o período do império bizantino.

A Mesquita Azul, em Istambul, na Turquia, foi inaugurada em 1616 pelo sultão Ahmet I e projetada por Mehmet Aga, um estudante do famoso arquiteto otomano, Sinan. É conhecida pelo nome de Mesquita Azul devido à estranha tonalidade dos azulejos Iznikazuis que decoram suas paredes internas. O tranqüilo pátio do mosteiro é circundado por uma arcada coberta. Essas proibições ou recomendações eram seguidas estritamente no caso da arquitetura religiosa, particularmente nas mesquitas, mas a arquitetura civil as transgrediu em várias ocasiões, dependendo, em ambos os casos, da ortodoxia do governante no poder. Por outro lado, essas limitações incentivaram o desenvolvimento e um repertório baseado em diversos motivos e formas, como a epigrafia (inscrições caligráficas), os ornamentos em gesso ou a decoração vegetal estilizada (arabescos) e a decoração geométrica ou de laçaria. Uma das manifestações artísticas que alcançou maior esplendor dentro da arte islâmica foi a cerâmica, na qual se pode apreciar um grau de inovação e criatividade comparável ao das artes plásticas de outras culturas. Os artistas muçulmanos trabalharam o vidro utilizando primeiro as técnicas empregadas no Egito e no Irã sassânida e, posteriormente, desenvolvendo novas técnicas, como no caso dos fatímidas, que produziram vidro talhado, vidro brilhante pintado e vidro estampado. Além de seu emprego decorativo na arquitetura, a madeira foi trabalhada como material de outras artes aplicadas. Nos palácios fatímidas, ainda há exemplos excepcionais de tábuas com representações cortesãs, que lembram o estilo dos coptas. Também foram talhadas peças de mobília, especialmente os biombos. As caixas de marfim talhado e os dentes de elefante abundavam na corte fatímída, tradição que continuou na Sicília muçulmana. Neles, eram representados cortesãos, animais e vegetação. Alguns dos objetos de bronze islâmicos mais refinados foram conservados nos tesouros das igrejas européias. No princípio, adotaram as formas sassânidas, mas o período fatímida produziu vasilhas de bronze com forma animal, assim como candieiros e pratos. Entre os objetos mais importantes encontram-se os candieiros, taças e jogos de jarra e bacia para lavar as mãos com incrustações de prata e ouro, inscrições e motivos abstratos e figurativos. A elaborada escritura cúfica, tão apropriada para ser lavrada na pedra, aparece nos primeiros manuscritos do Alcorão que nos foram legados. Neles, alguns acentos diacríticos foram pintados em vermelho, e as decorações douradas entre as suras (capítulos) contrastam com a elegante escritura negra. No período seldjúquida, surgiu a escrita nesita, mais cursiva e fluida. Os dois estilos foram utilizados na arquitetura e nas artes decorativas. As encadernações de livros em couro são um excelente exemplo das artes decorativas islâmicas. Nos primeiros tempos, eram realizadas em relevos gravados; mais tarde, as capas e as lombadas passaram a ser estampadas e douradas e, finalmente, no século XVI, pintadas com esmaltes. O trabalho em couro foi aplicado também aos arreios dos cavalos e nos objetos empregados na cetraria.


A mesquita de Solimão, o Magnífico, foi construída em Istambul em 1550. Sinan, o arquiteto, baseou-se nas igrejas bizantinas e, em particular, em Santa Sofia. A cúpula central está cercada por semicúpulas. Os quatro estreitos minaretes com balcões são característicos do estilo arquitetônico das últimas mesquitas islâmicas. A pintura de cavalete não existiu na arte islâmica, concentrada na ilustração de livros. As mostras conservadas mais antigas são miniaturas de manuscritos científicos gregos traduzidos do árabe. As telas eram consideradas objetos de luxo, e as mais refinadas foram realizadas nas oficinas denominadas tiraz, controladas pelo califa. O sistema de tiraz, comparável às instituições oficiais dos impérios bizantino, copta e sassânida, terminou com a conquista mongólica. Os tecidos procedentes de um tiraz (que tinham este mesmo nome e, em geral, serviam como prendas cerimoniais) eram considerados possessões do mais alto valor e, freqüentemente, levavam impressa a marca da oficina, a data de fabricação e o nome do governante. Os tapetes islâmicos mais antigos de que se tem notícia foram fabricados em Konya (Turquia) no século XIV. Esses tapetes, em tons de azul, verde e vermelho, seguem um esquema baseado em formas naturais, com uma beirada contendo inscrições. Durante o domínio dos mamelucos, os tapetes tinham padrões geométricos em tons de azul pálido, vermelho e amarelo.


domingo, 15 de março de 2009

Alcorão - História do Alcorão

Introdução
Texto sagrado do Islã. O nome, em árabe, significa ‘lido’ ou ‘recitado’. Esta palavra pode ser uma forma arabizada de origem síria e se aplica ao livro que contém, para os muçulmanos, uma série de revelações de Alá (Deus) a Maomé. Estas revelações começaram nas primeiras décadas do século VII, quando Maomé já tinha 40 anos, e ocorreram em Meca (Makka), cidade natal do Profeta, e Medina (al-Madinah).
A composição do Alcorão
As revelações foram feitas em árabe e, segundo as crenças muçulmanas, através do arcanjo Gabriel (Yibrail). Quando Maomé as proclamou, os ouvintes memorizavam e, às vezes, escreviam-nas em folhas de palma, fragmentos de osso ou peles de animais. Após a morte de Maomé, no ano 632 d.C., seus seguidores começaram a recolhê-las e, durante o califado de Omar, em 650, elas foram recompiladas no Alcorão, tal como o conhecemos hoje. A escrita árabe só exibe as consoantes e não as vogais. Reza a lenda que as vogais foram introduzidas no texto mais tarde.
Forma e conteúdo
O Alcorão está dividido em 114 capítulos (suras), com títulos aleatórios que, geralmente, não estão associados ao texto. Os capítulos dividem-se em versículos (ayat), trabalho posterior à divisão em capítulos e que, dependendo da edição, nem sempre é igual. O Alcorão é similar, em número de palavras, ao Novo Testamento da Bíblia cristã.
O árabe em que está escrito o Alcorão é distingue-se de qualquer variante idiomática árabe. É uma mescla de prosa e poesia sem métrica, difundida, entre os beduínos, para veicular uma literatura essencialmente oral. Nesta língua, o Alcorão foi recitado e sua redução à palavra escrita - cujas regras gramaticais começaram a ser fixadas, no século VIII, por filólogos - gerou o árabe literário clássico que se tornou a língua oficial, embora inúmeros dialetos sejam falados no mundo islâmico. O estilo do Alcorão é alusivo e elíptico, com gramática e vocabulário difícil. Igual a outras escrituras, está sujeito a diferentes interpretações.
Em conteúdo, o Alcorão consiste num conjunto de preceitos e recomendações éticas e morais, advertências sobre a chegada do último dia e Juízo Final, histórias sobre profetas anteriores a Maomé e povos a quem foram enviados, preceitos sobre religião, vida social, matrimônio, divórcio ou herança. A mensagem, em essência, é que existe um só Deus, criador de todas as coisas, ao qual há que se servir, praticando o culto e observando conduta correta. Deus é sempre misericordioso e tem se dirigido à humanidade para que ela O venere nas pessoas dos diversos profetas enviados por Ele.
Importância e interpretação
Os islâmicos acreditam que o Alcorão é A Palavra de Deus. Por isto, é o centro da vida religiosa, sendo comparável à Torá dos judeus ou ao Novo Testamento cristão. A oração diária obrigatória inclui a recitação de versículos e capítulos. A educação dos jovens muçulmanos inclui sua aprendizagem de memória. Para os seguidores do Islã, o Alcorão é a fonte principal do Direito do Islã, juntamente com a sunna (comportamento e práticas do Profeta).
A interpretação do Alcorão (tafsir) é um campo de investigação que vem da época da codificação do texto até nossos dias. Foram escritos numerosos livros sobre o tema. Existem comentários atribuídos a estudiosos dos três primeiros séculos do islamismo, mas o trabalho recente mais importante de tafsir pertence a al-Tabari, falecido no ano 923. O trabalho de al-Tabari analisa cada verso do Alcorão e oferece diversas opiniões de estudiosos da época em relação à vocalização, gramática, lexicografia, interpretação ética, moral e a relação do texto com a vida de Maomé.
A tradição do tafsir reflete, muitas vezes, as divergências e tendências do islamismo. A interpretação xiita de alguns versos difere, radicalmente, da interpretação sunita. Nos últimos tempos, tanto os modernistas reformistas, como os fundamentalistas, têm interpretado o texto de maneira que este se adapte a seus respectivos pontos de vista. Alguns afirmam que o Alcorão, não só está de acordo com muitas idéias da ciência moderna, como, também, as predisse. É, muitas vezes, a própria natureza dúbia do texto corânico que favorece interpretações tão divergentes.
Traduções
Outro motivo de controvérsia tem sido se o Alcorão deve ser traduzido do árabe original para outros idiomas. Em caso positivo, sob que circunstâncias pode se realizar esta tradução. Apesar desta discussão, o Alcorão tem sido traduzido por muçulmanos, e não-muçulmanos, para uma grande variedade de idiomas. A primeira tradução para uma língua européia foi a versão latina, realizada em 1143, pelo estudioso inglês Robert de Ketton, sob encomenda de Pedro, o Venerável. Ao que se saiba, as primeiras versões em língua vulgar foram em catalão, a mando de Pedro IV, e outra trilingüe - latim, castelhano e árabe -, de Juan de Segovia (1400-1458), hoje perdida.

A Língua Árabe - História da Língua Árabe

A língua árabe é empregada em diferentes dialetos do Marrocos ao Iraque. Entre os muçulmanos é considerada uma língua sagrada, já que foi por seu intermédio que o Alcorão foi revelado. A partir de 622 d.C., ano da Hégira (quando Maomé fugiu de Meca e se refugiou em Medina, marcando o início do calendário muçulmano), o árabe se converteu na língua viva mais difundida dentro do tronco das línguas semíticas. Na atualidade, cerca de 150 milhões de pessoas consideram-na seu idioma materno. Existem duas variantes: o árabe clássico e o popular. O clássico representa a língua sagrada do Islã e nasceu na antiga tradição de literatura oral dos povos nômades pré-islâmicos. O Alcorão foi ditado no árabe clássico e é nesta língua que o povo reza nas mesquitas, repetindo, em voz alta, as longas suras que, segundo a crença, foram ditadas a Maomé pelo arcanjo Gabriel. O árabe coloquial é uma língua normativa, utilizada nas conversas e nos meios de comunicação. O sistema fonético conta com 28 consoantes e três vogais com um som longo e outro breve. A escrita árabe, que procede da aramaica, é realizada da direita para a esquerda e os livros são lidos de trás para frente. É baseada em 18 figuras distintas que variam segundo a letra. As 28 consoantes são formadas graças a uma combinação de pontos acima e abaixo dessas figuras. Vários termos árabes foram assimilados pelos povos conquistados, como ocorreu em Portugal durante a Idade Média. Algumas dessas palavras são: nora, quilate, canal, arroz, sentinela e todas as palavras iniciadas por al e el, por exemplo algodão, alfândega, alcácer e alcalóide. Cargos políticos — vizir, alcaide e xeque — e topônimos, como Almeria e Zaragoza, também tiveram sua origem na língua árabe.

terça-feira, 10 de março de 2009

Dança do Ventre: a sensualidade que temos e tememos

Dora Lorch - Psicóloga
E-mail: dora-lorch@ieg.com.br
Todos os povos acham que sua cultura é o centro do universo e em contrapartida as civilizações diferentes assumem contornos exóticos, e leia-se exóticos como excitantemente diferentes. Assim os americanos - do norte- acham nossa cultura exótica: querem provar as comidas, treinam as danças, provam as roupas. O exótico nos permite experimentar nuances nossos que desconhecíamos, e quem sabe descobrir algo maravilhoso que estava escondido, mesmo que isso sejam emoções que não ousamos mexer no dia-a-dia.Este por exemplo é o fascínio das férias: um outro lugar onde parece que podemos viver qualquer coisa porque não interfere diretamente em nosso cotidiano. O filme Uma Americana em Veneza mostra isso com maestria: uma americana que se permite um romance em terras exóticas com um italiano. Será que ela permitiria tal proximidade em seu próprio pais? Será que permitiria um romance que pudesse ter raízes? Se arriscaria na sua vidinha comum?Parece que só deixamos nossos desejos e impulsos surgirem por pouco tempo, e longe do contexto de nossas vidas. Esta magia é a magia da dança do ventre: mostrar uma volúpia que normalmente não deixamos aflorar, por medo de suas conseqüências, por medo de nossos próprios desejos, por medo do julgamento da sociedade...mas que dentro deste contexto muito delimitado, pode surgir sem nos assustar. A dança do ventre é uma dança sedutora, sinuosa como as relações humanas, onde a intenção é parte velada, parte explicitada, daí a sua sensualidade. Uma dança que vai desnudando aos poucos a dançarina e suas intenções, o espectador e suas fantasias. Além disso os movimentos de quadris, o olhar entre véus, o movimento delicado das mãos e dedos, produz sensações de prazer que remonta aos primórdios de todas as espécies: a procura pelo parceiro, onde cada qual procura mostrar o seu melhor para impressionar os que a estão observando, mas tudo isso com muita poesia, beleza e discrição. Soma-se a isso nossa noção de exótico: a dança do ventre vem recheada de estórias luxuosas e enebriantes como as 1001 noites, de haréns com mulheres lindas e sensuais, sultões apaixonados e disponíveis; vem repleto de romances tórridos e conquistas acaloradas, de amor, de paixão; vem impregnado de vitória da escolhida em detrimento das demais e cada dança nos faz sentir sermos nós a preferida.Expressar estes sentimentos é profundamente marcante pois nos faz entrar em contato com nossos próprios desejos e fantasias de seduzir e ser seduzida, de possuir e ser possuída, de controlar e de se deixar levar, sentimentos opostos mas presentes nos desejos humanos. Nos faz sentir, pelo menos durante a música que somos únicas.Por que você não experimenta estas emoções? DORA MACHADO LORCH - é pós- Graduada e formada pela PUC - S.P. em psicologia clínica . Possui trabalhos apresentados em Congressos Nacionais e internacionais, sendo o último aceito pelo congresso internacional de Psicologia da Saúde realizado em final de junho/99 em Caracas sobre os temas : Birra infantil, e Insalubridade Psíquica. Nos últimos anos tem realizado pesquisas : Treinando profissionais que lidam com crianças. Sobre o " Stress", "Obesidade: qual o papel da educação" e questões relativas ao afastamento do trabalho e suas conseqüências.

Dança do Ventre e Saúde

Autora: Málika
Sem querer percorrer searas alheias no campo da saúde, quero compartilhar com as navegadoras e navegadores algumas informações sobre a dança do ventre e seus benefícios colhidas com médicos e fisioterapeutas. E, ainda, relatar observações extraídas da minha própria vivência como bailarina, professora, e estudante de técnicas corporais e de acordo com o depoimento de várias alunas, durante os 27 anos de minha vida dedicados à dança. A prática regular de exercícios beneficia a saúde, melhora os sistemas cardiovascular e respiratório, fortalece os músculos, aumenta a flexibilidade, ajuda na coordenação motora e traz ao sono mais qualidade, tornando-o mais tranquilo. A dança do ventre pode ser praticada desde a adolescência até a "terceira", ou como prefiro denominar "melhor" idade. O trabalho com a "melhor " idade tem como proposta melhorar a sua qualidade de vida, proporcionando benefícios para a saúde e evitando a instalação ou a piora do estado de depressão. Inúmeros movimentos da dança do ventre ajudam a conservar a mobilidade articular e desenvolvem a confiança na movimentação.Assunto atualmente bastante polêmico é a prática da dança do ventre pelas meninas, que merece, por si só, um artigo especial. As gestantes, igualmente, merecem um capítulo à parte. Estudo recente, ainda não publicado, realizado pelo Dr. Raul Santo, fisiologista da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo, revela que a dança do ventre queima 330 calorias em uma hora e previne o aparecimento de varizes. Em artigo publicado na Revista Planeta, de janeiro de 2000, o Dr Sérgio Mortari afirma que "para os adolescentes o aprendizado da dança do ventre tem numerosos aspectos favoráveis: é um elemento de contato com a feminilidade e a maternidade, estimula a auto valorização e serve como um poderoso e terapêutico exercício físico". Disse também, que ela envolve o conhecimento e a movimentação de todo o corpo, atuando como um estímulo ao refinamento do comportamento, da valorização de si mesmo, da necessidade de gostar-se mais. E finalmente conclui que "em termos terapêuticos - e aqui a recomendação vale para todas as mulheres - a dança do ventre alivia os efeitos da tensão pré menstrual, a sensação dolorosa, o desconforto abdominal, previne distúrbios de menstruação, as disfunções sexuais, como a frigidez e finalmente, restabelece o interesse e o desejo sexual como um todo".Igual enfoque deu a Dra Eveline Novacki à dança do ventre, em palestra proferida em São Paulo, no Sesc Pompéia. Salientou que vários problemas emocionais podem originar ou piorar distúrbios menstruais. Os movimentos ondulantes da dança do ventre permitem uma irrigação sanguínea mais abundante na região pélvica, melhorando lombalgias, flacidez perineal, lubrificação vaginal e a função sexual. A Dra Eveline concluiu que a dança do ventre melhora a saúde geral e a disposição da mulher, aumenta a percepção de si mesma e dos outros; funciona como uma válvula de escape para tensões e raiva; tem impacto positivo sobre as fantasias sexuais e auxilia o desenvolvimento da auto estima sexual; ajudando a combater a culpa e a vergonha sexual.Os relatos de muitas alunas confirmam as observações e conclusões do Dr Sérgio e da Dra Eveline, principalmente no que se refere à melhora das cólicas menstruais e da disposição geral. Outro retorno constante é o término da "prisão de ventre" ( a dança do ventre promove uma massagem nos órgaõs internos pelos movimentos ondulantes e pelo trabalho com a respiração); o emagrecimento e o "afinamento" da cintura (consequência de qualquer atividade física aliada aos movimentos em torsão específicos da dança do ventre que geram a desinfiltração de líquidos dos tecidos ) e a melhora da postura.Assim, a dança do Oriente é vista, hoje em dia, não apenas como uma arte milenar, mas também como uma atividade física que traz inúmeros benefícios às suas praticantes: alterna exercícios aeróbicos e de musculação, que é rica em movimentos pélvicos, circulares; arredondados, espirais , torções, entre outros; que funciona como um trabalho corporal completo e minucioso; e que resgata as linhas orgânicas e a movimentação coordenada.