sexta-feira, 6 de março de 2009

Véus

De todas as variações da Dança do Ventre, a que mais desperta a curiosidade das pessoas é a Dança dos Sete Véus.A bailarina começa a dança com sete véus amarrados no corpo, cada um de uma cor, correspondendo aos sete chakras. À medida que a bailarina dança, os véus vão sendo desamarrados um a um representando a abertura de cada chakra, a começar pelo chakra básico ou sexual e terminando no chakra coronário. Originalmente a dança dos Sete Véus, por ser ritual, era dançada vestindo-se apenas os véus. Porém atualmente se usa por baixo uma roupa comum de dança do ventre, de preferência branca ou lilás, simbolizando a transmutação. Apesar de não existir comprovação da sua existência, muitas dançarinas criam interpretações pessoais para ela, inspiradas talvez no mistério que envolve a sua origem. Uma das inúmeras histórias utilizadas para explicar o seu surgimento diz ter sido Salomé a primeira a praticá-la, quando dançou para o rei Herodes, marido de sua mãe, em troca da vida de São João Baptista. Apesar desta história ser bastante conhecida, não existe realmente nenhuma comprovação de qual teria sido o tipo de dança executado por Salomé. Esta versão tornou-se conhecida após a criação da peça Salomé, de Oscar Wilde, em 1907. Outra versão para o surgimento da Dança dos Sete Véus é a história mitológica de Ishtar ou Astarte, deusa cultuada na antiga Babilônia. Seu apaixonado, Tamuz, perdeu a vida, e foi levado para o reino de Hades, o submundo. Mas o amor de Ishtar por Tamuz era tanto que ela resolveu ir também para o reino de Hades. Com paixão e determinação, ela atravessou os sete portais do submundo, e em cada um deles ela deixava um dos seus pertences: um véu ou uma jóia. Nesta história o véu representa o oculto - coisas que ocultamos dos outros e de nós mesmos. Ao deixar o véu, Ishtar revela a sua verdade, e então consegue unir-se ao seu amor.

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